Idioma / Language Seta para baixo
Visão do CEO

Como a gestão da diversidade pode contribuir com o desenvolvimento da minha empresa

Por EDC Group | Publicado em 23/02/2021
Whatsapp - Share
Share

Em toda a história do Brasil, independente do governo, vivemos contextos nos quais os representantes públicos eram em grande maioria homens, brancos e heterossexuais. Sempre nos pareceu natural que cargos de poder fossem ocupados por indivíduos com esse perfil, como se mulheres, homossexuais e transgêneros não fossem capazes de participar de maneira ativa das decisões políticas e econômicas da sociedade. Mas por que isso acontece?

Crescemos em um mundo no qual as mulheres ingressaram no mercado de trabalho tardiamente. A figura feminina sempre esteve associada ao trabalho doméstico e a vida privada. Até a década de 1950, somente 13,6% das mulheres brasileiras estavam em empregos formais no Brasil, enquanto 80,8% dos homens possuía emprego de carteira assinada. Ou seja, quando as mulheres começaram a ingressar no mercado de trabalho, os homens já ocupavam todos os cargos gerenciais nas empresas e instituições públicas. E qual o problema disso?

 Ao termos pouca diversidade de gênero nas instituições, os discursos, as leis e as políticas públicas são construídas a partir de demandas que são alheias a grupos que não possuem representação nesses espaços. No caso de empresas privadas, a construção de equipes diversificadas sob o ponto de vista do gênero permite a identificação de demandas específicas de diferentes segmentos, bem como a proposição de ideias de produtos e serviços que atendam as especificidades de grupos distintos, como mães, indivíduos transgêneros e homossexuais.

Uma força de trabalho diversificada reflete a realidade social e aproxima as empresas de seus clientes. A diversidade é vista como um recurso para acessar diversos mercados. No setor terciário, um setor em rápido crescimento que gera uma multiplicação de relações interpessoais, a empresa que não leva em conta a diversidade de sua clientela através da composição de sua força de trabalho corre o risco de perder sua vantagem competitiva. Empresas como O Boticário, Natura e Magazine Luiza já constroem campanhas de marketing e de recrutamento focadas na diversidade e inclusão de gênero e etnias. No entanto, as ações desenvolvidas em relação a grupos LGBTI+ e homossexuais ainda são incipientes.

Gois; Duarte; Teixeira (2018) discutiram diferentes práticas empresariais de gestão da diversidade voltadas para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) no mercado de trabalho no Brasil. Eles destacam a criação do Fórum Empresarial LGBTI+, criado em 2013 por empresários ativistas com o objetivo de fomentar ações de incentivo à diversidade em ambientes corporativos.

O Fórum possui 90 empresas de grande porte empreendem ações de promoção da diversidade de gênero em seus produtos e em suas equipes. Tem atuação ativa na construção de iniciativas voltadas para a inserção de travestis e transexuais no mercado de trabalho, tendo construído projetos nesse sentido em algumas empresas de grande porte. Identifica-se também avanços na aceitação do uso do nome social por transgêneros que trabalham nas empresas parceiras, inclusive em empresas que eram resistentes a esse tipo de política. A seguir os 10 compromissos do Fórum Empresarial LGBTI+.

 1)   Comprometer-se, presidência e executivos, com o respeito e com a promoção dos direitos LGBTI+;

2)   Promover igualdade de oportunidades e tratamento justo às pessoas LGBTI+;

3)   Promover ambiente respeitoso, seguro e saudável para as pessoas LGBTI+;

4)   Sensibilizar e educar para o respeito aos direitos LGBTI+;

5)   Estimular e apoiar a criação de grupos de afinidade LGBTI+;

6)   Promover o respeito aos direitos LGBTI+ na comunicação e marketing;

7)   Promover o respeito aos direitos LGBTI+ no planejamento de produtos, serviços e atendimento aos clientes;

8)   Promover ações de desenvolvimento profissional de pessoas do segmento LGBTI+;

9)   Promover o desenvolvimento econômico e social das pessoas LGBTI+ na cadeia de valor;

10) Promover e apoiar ações em prol dos direitos LGBTI+ na comunidade.

O Fórum está se movimentando ainda lentamente e de um modo quase que silencioso. O número de empresas que efetivaram programas de gestão da diversidade de gênero no Brasil é menor do que o número de associados ao Fórum, embora acredite-se que em uma tendência ao aumento de iniciativas promotoras da equidade de gêneros nas instituições. Saiba mais em https://www.forumempresaslgbt.com/.

 REFERÊNCIA

GOIS, João Bosco Hora; DUARTE, Francisco José Mendes; TEIXEIRA, Camila Cristina da Silva. Experiências De Gestão Da Diversidade Sexual No Ambiente De Trabalho No Brasil: das experiências pontuais à formação de um Fórum Empresarial LGBT. In: SILVESTRE, Luciana P. F. (org). Políticas Públicas no Brasil꞉ Exploração e Diagnóstico. Ponta Grossa: Editora Atena, 2018.

Mais recentes no blog EDC Group

EDC explica

Diversidade Etária no Trabalho

O ambiente corporativo está cada vez mais diverso, não apenas em gênero, cultura e experiência, mas também em gerações. Hoje, empresas reúnem profissionais de diferentes idades, cada um trazendo uma perspectiva única. No entanto, a convivência entre diferentes gerações também pode trazer desafios. Como promover a inclusão e a colaboração entre essas faixas etárias?

O Que Cada Geração Pode Ensinar e Aprender no Ambiente Corporativo

Cada geração cresceu em um contexto histórico e tecnológico diferente, o que reflete diretamente em seu estilo de trabalho, valores e habilidades.

  • Baby Boomers (1946-1964): Conhecidos pela lealdade à empresa e pela experiência acumulada, podem ensinar aos mais jovens sobre resiliência, liderança e planejamento a longo prazo. Em contrapartida, podem aprender sobre inovação tecnológica e novas metodologias de trabalho.
  • Geração X (1965-1980): Adaptáveis e com grande conhecimento técnico, essa geração equilibra o tradicional e o moderno. Podem ensinar gestão e planejamento estratégico, enquanto aprendem novas formas de comunicação e colaboração digital.
  • Geração Y ou Millennials (1981-1996): Tecnologicamente conectados e focados em flexibilidade, trazem inovação e novas abordagens ao trabalho. Podem ensinar sobre dinamismo e novas formas de aprendizado, enquanto aprendem sobre estabilidade e planejamento a longo prazo.
  • Geração Z (1997-2012): Cresceram no mundo digital e possuem facilidade com novas tecnologias e redes sociais. Podem ensinar sobre digitalização e criatividade, enquanto aprendem sobre networking e experiência de mercado.
     

Os Desafios e Benefícios de Equipes Multigeracionais

A diversidade etária no trabalho pode gerar desafios como diferenças na forma de comunicação, expectativas em relação ao trabalho e estilos de liderança distintos. No entanto, quando bem gerenciada, essa diversidade traz uma série de benefícios:

Desafios:

  • Dificuldades de comunicação entre gerações acostumadas com diferentes formatos (e-mails formais vs. mensagens instantâneas, por exemplo);
  • Resistência à mudança por parte de algumas gerações;
  • Diferenças na maneira como cada grupo encara a hierarquia e o feedback.
     

Benefícios:

  • Troca de conhecimento entre profissionais experientes e novos talentos;
  • Equipes mais inovadoras, pois combinam diferentes perspectivas e soluções criativas;
  • Fortalecimento da cultura empresarial e retenção de talentos.
     

Estratégias para Promover Inclusão e Colaboração Entre Diferentes Idades

Para que a diversidade etária se torne um diferencial competitivo, é essencial implementar estratégias que incentivem a colaboração intergeracional:

  1. Programas de Mentoria Reversa: Permitem que profissionais mais jovens compartilhem conhecimento sobre tecnologia e tendências digitais, enquanto os mais experientes orientam sobre estratégia e liderança.
  2. Comunicação Inclusiva: Usar diferentes canais de comunicação para atender preferências diversas (e-mails, plataformas colaborativas, reuniões presenciais e virtuais).
  3. Ambiente de Trabalho Flexível: Adotar políticas que atendam diferentes perfis, como flexibilidade de horário, opção de trabalho remoto e benefícios personalizados.
  4. Treinamentos Multigeracionais: Oferecer capacitação para que as equipes compreendam melhor as diferentes perspectivas e formas de trabalho de cada geração.
  5. Cultura de Respeito e Colaboração: Incentivar valores como empatia, escuta ativa e reconhecimento das diferenças como pontos positivos.
     

Promover a diversidade etária no ambiente de trabalho é um desafio, mas também uma grande oportunidade para as empresas que desejam inovar e se destacar no mercado. Ao incentivar a colaboração entre diferentes gerações, é possível criar equipes mais equilibradas, produtivas e preparadas para enfrentar os desafios do futuro.

Acessar notícia
Seta para a direita
EDC explica

A Nova Era do Networking

O networking sempre foi uma peça-chave para o crescimento profissional, mas a Geração Z trouxe uma nova abordagem para essa prática. Com o uso intensivo das redes sociais, os jovens estão redefinindo a forma de criar conexões e conquistar oportunidades no mercado de trabalho.

Ao contrário das gerações anteriores, que apostavam em eventos presenciais e cartões de visita, a Geração Z utiliza plataformas como LinkedIn, Twitter e até Instagram para se destacar e criar relacionamentos estratégicos. O segredo está na autenticidade e na capacidade de gerar valor antes mesmo do primeiro contato direto.

Como os jovens utilizam as redes sociais para oportunidades?

  • LinkedIn: Perfis otimizados, postagens sobre experiências e interações com profissionais da área.
  • Twitter: Discussões sobre tendências do mercado, compartilhamento de ideias e aproximação informal com especialistas.
  • Instagram/TikTok: Divulgação de projetos, bastidores da rotina profissional e conteúdos sobre carreira.


Dicas práticas para criar conexões estratégicas:

  1. Seja ativo – Comente em postagens de profissionais da sua área, participe de discussões e compartilhe insights.
  2. Mostre seu valor – Produza conteúdo relevante sobre sua área de atuação e demonstre conhecimento.
  3. Aborde com propósito – Ao entrar em contato com alguém, deixe claro o motivo e como essa troca pode ser benéfica para ambos.
     

Eventos e plataformas que podem ajudar no crescimento profissional: 

Além das redes sociais, eventos online e presenciais continuam sendo essenciais. Plataformas como Meetup, Sympla e Eventbrite ajudam a encontrar conferências, painéis e encontros de networking.

A Geração Z está reinventando o networking ao torná-lo mais dinâmico e acessível. Construir relações profissionais vai além de apenas conhecer pessoas – trata-se de agregar valor e estar presente nos espaços certos.

 

Acessar notícia
Seta para a direita

Usamos cookies para personalizar o conteúdo, acompanhar anúncios e oferecer uma experiência de navegação mais segura a você. Ao continuar navegando em nosso site você concorda com o uso dessas informações. Leia nossa Política de Privacidade e saiba mais.