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Seis em cada 10 colaboradores estão emocionalmente desligados no trabalho

Insatisfação e falta de propósito no emprego são problemas atuais, mas segmento de RH pode contribuir para reverter cenário

Por EDC Group | Publicado em 17/06/2024
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Processos desorganizados, má comunicação entre times, líderes não capacitados, e falta de metas claras e plano de carreira são apenas alguns dos problemas presentes em empresas que podem resultar em insatisfação e desânimo por parte dos colaboradores. Segundo o relatório State of the Global Workplace 2023 da Gallup, companhia que oferece análises e consultorias para negócios, seis em cada 10 pessoas estão emocionalmente desligadas no trabalho, ou seja, não estão cumprindo além das funções básicas, não enxergando propósito ou significado nas tarefas que têm executado. Além disso, o mesmo levantamento mostra que 18% dos colaboradores estão infelizes no trabalho.

Outro dado que chama a atenção, é o nível de esgotamento nas relações entre colaboradores e chefes. De acordo com uma pesquisa da multinacional EDC Group, mais da metade dos brasileiros (57%) no mercado de trabalho relata ter uma relação difícil ou tóxica com gestores. Além disso, outro recorte mensurado pelo estudo mostra que aproximadamente 46% dos funcionários se sentem perseguidos pela liderança.

Employee Experience

A falta de motivação e engajamento por parte dos funcionários e até pedidos de demissão fazem com que companhias sejam menos produtivas e percam talentos relevantes. Por isso, a área de recursos humanos tem hoje como um dos principais papéis garantir que negócios ofereçam uma experiência do colaborador assertiva.

De acordo com Samantha Salese, Diretora de Gente & Gestão da Propay, empresa de serviços e tecnologia para RH, os colaboradores precisam ter experiências positivas em todas as fases pelas quais passarem dentro de uma companhia. “Tudo começa na seleção, em que empresas precisam fazer com que as pessoas se apaixonem pela marca e pela proposta que deve ser bem estruturada, clara e respeitosa. Depois vem o processo de onboarding que é essencial para que os novos contratados entendam de forma aprofundada a cultura do negócio, enxergando de forma clara o papel que terão. Líderes capacitados para integrar e gerir esses profissionais, feedbacks e acompanhamento constante do nível de satisfação e produtividade também são tópicos fundamentais para aproximar colaboradores das empresas e garantir experiências únicas”, explica.

No cenário atual, há negócios que não estão dando a devida atenção para estes processos diários, fazendo com que funcionários se despertem e não caminhem para um objetivo em comum: o crescimento da companhia. Por isso, o employee experience é hoje uma chave para manter alto o nível de satisfação daqueles que permitem a evolução das marcas.

“Você só vai virar fã e falar bem de um restaurante para os outros se for bem recepcionado e tratado ao longo de toda jornada, inclusive, na hora de ir embora. Assim, a forma que chegou a comida e o sabor se complementam a estes detalhes. Com as corporações funcionam da mesma forma. O RH e demais áreas precisam estar sempre unidos para entenderem e otimizarem o fluxo e organização das áreas, o papel de cada um, as chances de desenvolvimento de cada profissional, entre outros. As trocas entre times e principalmente entre líderes e liderados é essencial para absorver problemas e desafios e criar soluções que realmente façam sentido, transformando a rotina de todos”, afirma Salese.

Benefícios e atividades

A jornada positiva do colaborador também envolve, atualmente, o oferecimento de brindes da marca, benefícios como vales presentes em datas comemorativas como o Natal e a criação de atividades diferenciadas como, por exemplo, grupos para fazer yoga no parque aos finais de semana. “Benefícios e ações como essas fazem com que o colaborador se sinta importante. São experiências positivas que geram, inclusive, o sentimento de pertencimento, de lar. É mais do que agradar o funcionário, é trazer este para perto”, diz a Diretora de Gente & Gestão da Propay.

Trabalho constante

A longo prazo, os resultados do investimento na experiência do colaborador são times mais engajados e felizes, o que também impacta na imagem da companhia que é difundida. Todas as áreas ganham em nível de produtividade e união, aumentando inclusive o lucro dos negócios.

“A área de RH sempre terá um papel de conselheira para que colaboradores dos mais diversos setores não sejam subutilizados e se mantenham motivados. Por essa razão, precisa estar a par do que acontece em todas as áreas, auxiliando na capacitação de líderes, ajudando na criação de dinâmicas diferentes, contribuindo para que desligamentos sejam feitos da maneira correta e que todos tenham sempre uma lembrança positiva das experiências oferecidas pela marca, estando ou não atuando mais na corporação”, finaliza Salese.

 

Créditos: Shutterstock

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  • Liderança Horizontal e Colaborativa: A hierarquia rígida dá lugar a estruturas mais flexíveis, promovendo decisões participativas e maior autonomia aos colaboradores.
  • Integração Tecnológica e Inteligência Artificial: A adoção de novas tecnologias e IA transforma processos, permitindo automação e personalização de experiências.
  • Foco no Bem-Estar e Saúde Mental: Empresas priorizam a saúde mental dos colaboradores, implementando programas de apoio e promovendo equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
  • Cultura de Aprendizado Contínuo: O incentivo ao desenvolvimento constante dos colaboradores torna-se essencial para a inovação e adaptação às mudanças do mercado.

As tendências em gestão e liderança para 2025 refletem a necessidade de adaptação e inovação nas empresas. Ao incorporar essas práticas, as organizações estarão mais preparadas para enfrentar os desafios futuros e promover um ambiente de trabalho mais dinâmico e saudável.

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Nova Lei de Saúde Mental nas Empresas: O Que Você Precisa Saber

​A saúde mental no ambiente de trabalho tornou-se uma preocupação central no Brasil, especialmente diante do aumento significativo de transtornos psicológicos entre os trabalhadores. Em 2024, o país registrou 472 mil afastamentos por transtornos mentais, o maior número em uma década e um aumento de aproximadamente 67% em relação ao ano anterior . Além disso, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de casos de síndrome de burnout, afetando cerca de 30% dos trabalhadores.

Em resposta a essa realidade alarmante, foi sancionada a Lei 14.831/2024, que institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental. Essa certificação, concedida pelo governo federal, reconhece empresas que implementam políticas eficazes de promoção da saúde mental e bem-estar de seus colaboradores.

Embora a obtenção do certificado seja opcional, a legislação sinaliza uma tendência crescente de valorização da saúde mental no ambiente corporativo. Empresas que negligenciam essa questão podem enfrentar desafios relacionados à produtividade, aumento do absenteísmo e dificuldades na retenção de talentos. Além disso, atualizações em normas regulamentadoras, como a NR-1, exigem que as companhias analisem a saúde mental dos funcionários e implementem medidas preventivas contra situações de assédio e violência no trabalho.

O não cumprimento dessas normativas pode resultar em sanções e prejudicar a saúde organizacional.​

Para se adequar às exigências e promover um ambiente de trabalho saudável, as empresas devem:​

  • Implementar Programas de Saúde Mental: Desenvolver iniciativas que ofereçam suporte psicológico, promovam a conscientização sobre saúde mental e capacitar lideranças para identificar e lidar com questões emocionais.​
  • Oferecer Recursos de Apoio: Disponibilizar acesso a serviços de apoio psicológico e psiquiátrico para os colaboradores, facilitando o tratamento e prevenção de transtornos mentais.​
  • Combater a Discriminação e o Assédio: Estabelecer políticas claras e eficazes para prevenir e lidar com casos de discriminação e assédio no ambiente de trabalho.​
  • Promover Transparência e Prestação de Contas: Divulgar regularmente as ações e políticas relacionadas à promoção da saúde mental, mantendo canais abertos para sugestões e avaliações dos colaboradores.​

Colaboradores também desempenham um papel crucial nesse processo. Eles podem cobrar de suas empresas a implementação dessas práticas por meio de diálogos com departamentos de Recursos Humanos, participação em comitês internos ou, se necessário, buscando orientação em órgãos de defesa dos trabalhadores.​

A implementação da Lei 14.831/2024 representa um avanço significativo na valorização da saúde mental no ambiente corporativo brasileiro. Empresas que adotarem práticas alinhadas às novas diretrizes não apenas estarão em conformidade com as tendências atuais, mas também promoverão um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, beneficiando tanto a organização quanto seus colaboradores.


 

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