Visão do CEO

Emprego e busca de talentos em um mercado sem fronteiras

Por EDC Group | Publicado em 24/03/2022
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Nos últimos dois anos vimos mudanças bastante significativas em todos os setores da economia por conta da pandemia de Covid-19. O mercado de trabalho foi um dos mais afetados em todos os sentidos e vem sofrendo impactos importantes. O trabalho remoto chegou para ficar e encurtou as distâncias, o mundo ficou ainda mais globalizado, com fronteiras diluídas.

Hoje em dia é possível contratar mão de obra qualificada em outros países, muitas vezes aproveitando a diferença cambial (exemplo relação real x dólar). Há setores que apresentam déficits de profissionais, como o de tecnologia, que apresenta falta de desenvolvedores para preencher as posições disponíveis, mas possibilita trabalhar no Brasil (ou em qualquer parte do mundo) para empresas multinacionais e ganhar em dólar, o que é cada vez mais viável no mundo atual.

Existem também outros exemplos de profissionais de diferentes áreas que requerem apenas o uso do computador, uma boa conexão de Internet, e chances de trabalhar em qualquer lugar do mundo, sem sair de casa, são os nômades digitais. Entretanto, sabemos que a disputa pelos melhores talentos está sujeita as demandas em cada uma das indústrias e as condições macroeconômicas que tornam vantajosos para que as empresas e colaboradores consigam estabelecer um contrato de trabalho que seja bom para ambas as partes.

Mas afinal, qual o futuro do trabalho? Teremos empresas com times locais e times remotos? Como unir as equipes remotas e locais em alinhamento com a estratégia da empresa? Ressalto aqui a importância de as empresas seguirem os seus propósitos, pois hoje em dia o salário não é a única força no processo de retenção de talentos e a tendência é que o alinhamento do propósito do profissional com a empresa se fortaleça ainda mais. Com o passar do tempo, será dever do empregador encontrar um propósito para que o profissional faça parte da sua empresa e transmita isso a todos os colaboradores.

Por fim, tanto os colaboradores como a empresa precisam entender essa nova dinâmica do mercado de trabalho globalizado. Se por um lado é uma oportunidade única do crescimento do colaborador poder trabalhar em empresas de outras regiões e países, para a organização é a chance de formar equipes que realmente proporcionam vantagem competitiva seja por sua expertise no assunto, seja pelo custo.

Agora já sabemos que as adaptações para este momento dependem de ambas as partes – empresas e profissionais. Aos profissionais cabe entender como trabalhar com as ferramentas de trabalho remoto e dominar bem o idioma inglês. Para as empresas cabe organizar suas tarefas deixando bem dividido o que precisa ser feito localmente e o que pode ser feito remotamente em qualquer parte do mundo e em paralelo trabalhar a atração dos profissionais globais combinando o propósito da empresa e a remuneração.

Desse conceito de mercado de trabalho global surge outra tendencia que diz respeito as relações de emprego. Estamos vendo novas configurações surgindo onde o emprego formal da espaço para profissionais que trabalham em projetos e não de forma dedicada a uma organização, mas a discussão da mudança do vínculo empregatício é assunto para um próximo artigo.

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Equilíbrio entre Vida Profissional e Pessoal: Estratégias para Empresas e Colaboradores

Falar sobre equilíbrio entre vida profissional e pessoal deixou de ser um diferencial e virou uma necessidade estratégica. Colaboradores sobrecarregados tendem a adoecer mais, errar mais e se desligar mais rápido. Mas como criar um ambiente saudável sem perder o ritmo das entregas? Neste texto, mostramos estratégias que equilibram os interesses da empresa e do colaborador — de forma prática, eficiente e realista.

Promover o equilíbrio entre vida profissional e pessoal não é “pegar leve” ou abrir mão de resultados. É sobre criar uma gestão inteligente, que entende que colaboradores descansados entregam mais e com mais qualidade. Quando empresa e colaborador caminham juntos nesse objetivo, o resultado é um ambiente sustentável, produtivo e com menos rotatividade. O segredo está no planejamento e na confiança mútua.

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Tendências em Gestão e Liderança para 2025: Preparando-se para o Futuro Corporativo

À medida que o mundo corporativo evolui, novas tendências em gestão e liderança emergem, redefinindo paradigmas tradicionais. Este artigo explora as principais tendências previstas para 2025 e oferece insights sobre como as empresas podem se preparar para essas mudanças.

  • Liderança Horizontal e Colaborativa: A hierarquia rígida dá lugar a estruturas mais flexíveis, promovendo decisões participativas e maior autonomia aos colaboradores.
  • Integração Tecnológica e Inteligência Artificial: A adoção de novas tecnologias e IA transforma processos, permitindo automação e personalização de experiências.
  • Foco no Bem-Estar e Saúde Mental: Empresas priorizam a saúde mental dos colaboradores, implementando programas de apoio e promovendo equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
  • Cultura de Aprendizado Contínuo: O incentivo ao desenvolvimento constante dos colaboradores torna-se essencial para a inovação e adaptação às mudanças do mercado.

As tendências em gestão e liderança para 2025 refletem a necessidade de adaptação e inovação nas empresas. Ao incorporar essas práticas, as organizações estarão mais preparadas para enfrentar os desafios futuros e promover um ambiente de trabalho mais dinâmico e saudável.

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Nova Lei de Saúde Mental nas Empresas: O Que Você Precisa Saber

​A saúde mental no ambiente de trabalho tornou-se uma preocupação central no Brasil, especialmente diante do aumento significativo de transtornos psicológicos entre os trabalhadores. Em 2024, o país registrou 472 mil afastamentos por transtornos mentais, o maior número em uma década e um aumento de aproximadamente 67% em relação ao ano anterior . Além disso, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de casos de síndrome de burnout, afetando cerca de 30% dos trabalhadores.

Em resposta a essa realidade alarmante, foi sancionada a Lei 14.831/2024, que institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental. Essa certificação, concedida pelo governo federal, reconhece empresas que implementam políticas eficazes de promoção da saúde mental e bem-estar de seus colaboradores.

Embora a obtenção do certificado seja opcional, a legislação sinaliza uma tendência crescente de valorização da saúde mental no ambiente corporativo. Empresas que negligenciam essa questão podem enfrentar desafios relacionados à produtividade, aumento do absenteísmo e dificuldades na retenção de talentos. Além disso, atualizações em normas regulamentadoras, como a NR-1, exigem que as companhias analisem a saúde mental dos funcionários e implementem medidas preventivas contra situações de assédio e violência no trabalho.

O não cumprimento dessas normativas pode resultar em sanções e prejudicar a saúde organizacional.​

Para se adequar às exigências e promover um ambiente de trabalho saudável, as empresas devem:​

  • Implementar Programas de Saúde Mental: Desenvolver iniciativas que ofereçam suporte psicológico, promovam a conscientização sobre saúde mental e capacitar lideranças para identificar e lidar com questões emocionais.​
  • Oferecer Recursos de Apoio: Disponibilizar acesso a serviços de apoio psicológico e psiquiátrico para os colaboradores, facilitando o tratamento e prevenção de transtornos mentais.​
  • Combater a Discriminação e o Assédio: Estabelecer políticas claras e eficazes para prevenir e lidar com casos de discriminação e assédio no ambiente de trabalho.​
  • Promover Transparência e Prestação de Contas: Divulgar regularmente as ações e políticas relacionadas à promoção da saúde mental, mantendo canais abertos para sugestões e avaliações dos colaboradores.​

Colaboradores também desempenham um papel crucial nesse processo. Eles podem cobrar de suas empresas a implementação dessas práticas por meio de diálogos com departamentos de Recursos Humanos, participação em comitês internos ou, se necessário, buscando orientação em órgãos de defesa dos trabalhadores.​

A implementação da Lei 14.831/2024 representa um avanço significativo na valorização da saúde mental no ambiente corporativo brasileiro. Empresas que adotarem práticas alinhadas às novas diretrizes não apenas estarão em conformidade com as tendências atuais, mas também promoverão um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, beneficiando tanto a organização quanto seus colaboradores.


 

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