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O fim para as faculdades? 93% das empresas ao redor do mundo não enxergam sentido na exigência por diploma universitário

Por EDC Group | Publicado em 19/10/2023
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Assim como muitos dos brasileiros médios com mais de 40 anos, cresci em uma sociedade que valoriza e estimula os jovens e adultos a conquistarem um diploma de nível superior. Embora essa certificação ainda seja o objetivo de muitos, os números demonstram que as novas gerações estão menos interessadas em garantir uma faculdade para o currículo.

No atual cenário educacional e profissional, a exigência da formação superior enquanto um critério fundamental passou a ser mais flexível para diversos cargos e posições. Isso porque as gerações Z e Alpha, que moldam as tendências e dinâmicas do mercado de trabalho, estão redefinindo a importância atribuída à formação universitária.

O impacto disso pode ser visto no interesse dessas pessoas pelo ingresso no ensino superior. O total de pessoas inscritas para o Enem vem caindo desde 2017, quando 6,1 milhões de pessoas se inscreveram. Em 2022, esse número caiu para quase a metade, com pouco mais de 3,3 milhões de candidatos.

Além disso, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Semesp, apenas 18,1% dos jovens de 18 a 24 anos estão matriculados no ensino superior e somente 17,4% das pessoas de 25 anos ou mais concluíram um curso.

Embora seja essencial considerar que muitos dos jovens brasileiros não possuem uma rede de apoio sólida para cursarem o ensino superior e, por isso, priorizam trabalhar integralmente, também existe um expressivo grupo de indivíduos que não está disposto a estudar de 3 a 5 anos para conquistar o almejado diploma.

Faz sentido exigir diploma de nível superior?

A percepção tradicional de que uma graduação é o caminho único para o sucesso profissional está sendo desafiada por um conjunto crescente de evidências. De acordo com a ADP, líder global em soluções de gerenciamento de folha de pagamento e gestão de capital humano, 93% das empresas ao redor do mundo declararam que não faz sentido exigir enquanto um fato excludente o diploma de nível superior.

Em paralelo a isso, segundo os dados levantados pela consultoria internacional ZipRecruiter, com base na análise global de vagas, a proporção de novos anúncios de emprego que exigiam um diploma de bacharel como pré-requisito caiu para 7% em 2021, abaixo dos 11% em 2020 e 15% em 2016.

Esses números demonstram um consenso global sobre o nível de ensino que é transmitido em grande parte das faculdades e universidades do mundo. Afinal, não é incomum contratar uma pessoa com nível superior que não performa bem dentro da própria área de estudo escolhida.

Para os gestores, garantir que a contratação ateste o conhecimento prático dos candidatos passou a ser a principal prioridade. Dessa forma, se uma pessoa que não possui o diploma performar melhor, não existe razão para eliminá-la do processo seletivo.

O início do fim para as faculdades como conhecemos hoje

Embora a exigência por ensino superior tenha caído expressivamente entre as empresas, é crucial ressaltar que a valorização do conhecimento e da capacitação seguem enquanto um grande diferencial.

A questão é que, ao contrário do que observávamos há 10 anos atrás, os gestores entenderam que um diploma não é capaz de garantir que o contratado domine bem as exigências para o cargo. Diante disso, o caminho é o equilíbrio entre a teoria e a prática, cenário bem diferente do que vemos dentro das faculdades brasileiras.

Com grades de conteúdo repletas de teorias e campos de estudo que não serão utilizados no dia a dia dos profissionais, o ensino superior passou a ser visto enquanto um recurso caro, moroso e com pouco retorno.

Já os cursos curtos ou de nível técnico, conhecidos pelo foco em habilidades práticas e aplicáveis, estão rapidamente se tornando uma alternativa atrativa para muitos indivíduos que buscam adentrar ou progredir em suas carreiras.

Um exemplo disso é um estudo divulgado pelo Google, a amostragem demonstra que a procura por cursos curtos de especialização (EAD) cresceu 130% no pico da quarentena. Entretanto, mesmo com o fim da pandemia, o interesse das pessoas por esse formato de ensino continua se mantendo.

As preferências das Gerações Z e Alpha

As gerações Z e Alpha, criadas em um ambiente digital e globalizado, possuem uma abordagem pragmática em relação à educação e à carreira. O aprendizado contínuo e a adaptação são dois grandes fatores priorizados por esses grupos. Por isso, não é incomum escutarmos muitos desses jovens demonstrando seu desinteresse pelo ensino superior.

Altamente conectados e práticos, dispor de, em média, quatro anos dentro de uma sala de aula estudando conceitos que não vão ‘’direto ao ponto’’ não combina com o perfil desse grupo geracional.

Para que os números de inscritos nas universidades não despenquem ainda mais nos próximos anos, é urgente que essas instituições de ensino se adaptem ao mercado que está cada vez mais dinâmico e, também, aos jovens e futuros trabalhadores que buscam desenvolvimento pessoal e profissional de forma direta.

O conhecimento e a performance sempre estarão em alta

Embora essa discussão tenha um certo teor polêmico, é necessário defender que o conhecimento e a eficiência não são habilidades facultativas nos processos de recrutamento. Os moldes de educação estão se transformando, entretanto, o ‘’aprender’’ segue sendo uma prioridade entre os trabalhadores, ainda que a faculdade não seja a primeira opção para esses indivíduos.

Diante disso, os cursos curtos estão se estabelecendo como uma alternativa viável, preparando os profissionais de maneira eficaz e ágil. Adotar essa abordagem mais flexível na contratação não apenas amplia o acesso a uma gama diversificada de talentos, mas também atende às expectativas das novas gerações que buscam oportunidades de aprendizado contínuo e um crescimento profissional mais rápido.

Assim como tudo na sociedade, a forma como as pessoas buscam conhecimento também está se modificando, cabe às instituições de ensino garantirem a melhor qualidade possível dentro dos atuais moldes, alinhados com o que faz mais sentido para as configurações sociais em que vivemos atualmente.

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Trabalho Híbrido: Benefícios e Desafios para a Produtividade

O modelo de trabalho híbrido, que combina elementos do trabalho remoto e presencial, tornou-se uma solução popular para muitas empresas nos últimos anos. Com a promessa de flexibilidade e melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, o trabalho híbrido pode ser uma estratégia eficaz para aumentar a produtividade. No entanto, como qualquer modelo de trabalho, ele apresenta tanto benefícios quanto desafios. Entender como maximizar as vantagens e mitigar os desafios do trabalho híbrido é crucial para empresas que buscam otimizar a eficiência e o engajamento de suas equipes.

Benefícios do Trabalho Híbrido

  1. Flexibilidade e Equilíbrio: O trabalho híbrido permite que os colaboradores dividam seu tempo entre o escritório e o home office, oferecendo maior flexibilidade. Isso pode levar a uma melhor gestão do tempo e aumento da satisfação dos funcionários, pois eles podem ajustar seus horários e ambientes de trabalho de acordo com suas necessidades pessoais.
  2. Redução de Deslocamentos: A redução do tempo gasto em deslocamentos não apenas diminui o estresse dos funcionários, mas também contribui para um menor impacto ambiental, com menos carros nas ruas, reduzindo o trânsito e a emissão de poluentes. Ao eliminar os trajetos diários, é possível aumentar o tempo disponível para tarefas produtivas e atividades pessoais.
  3. Acesso a Talentos Diversos: Com o trabalho híbrido, as empresas podem recrutar talentos de diferentes regiões, ampliando o pool de candidatos e trazendo novas perspectivas para a equipe. Isso pode enriquecer a cultura organizacional e impulsionar a inovação.

Desafios do Trabalho Híbrido

  1. Comunicação e Colaboração: Manter uma comunicação eficaz entre equipes que trabalham em diferentes locais pode ser desafiador. A falta de interações presenciais pode levar a mal-entendidos e dificuldades na colaboração. Ferramentas de comunicação e estratégias claras são essenciais para superar esses obstáculos. 
  2. Gerenciamento de Desempenho: Avaliar a produtividade e o desempenho dos colaboradores que trabalham remotamente pode ser mais complexo. É fundamental estabelecer métricas claras e práticas de acompanhamento para garantir que todos estejam alinhados com os objetivos da empresa. 
  3. Cultura Organizacional: Construir e manter uma cultura organizacional coesa pode ser um desafio quando parte da equipe está remotamente. Atividades de integração e eventos virtuais podem ajudar a fortalecer o senso de pertencimento e a coesão da equipe.

O trabalho híbrido oferece uma gama de benefícios que podem aprimorar a produtividade e o bem-estar dos colaboradores, desde flexibilidade até a redução de deslocamentos. No entanto, também apresenta desafios que exigem uma abordagem estratégica para garantir uma comunicação eficaz e uma cultura organizacional forte. Empresas que adotam o trabalho híbrido devem investir em tecnologias adequadas e práticas de gestão para criar um ambiente de trabalho que maximize as vantagens desse modelo e minimize seus desafios. Ao fazê-lo, poderão não apenas melhorar a eficiência, mas também criar uma equipe mais engajada e satisfeita. 

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O Fim do X no Brasil: Impactos no Mercado de Trabalho

Em agosto de 2024, o X, anteriormente conhecido como Twitter, foi bloqueado no Brasil por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi tomada devido a uma série de descumprimentos judiciais e ao acúmulo de dívidas da plataforma. O encerramento das operações do X no Brasil, teve repercussões significativas não apenas para a comunicação digital, mas também para o mercado de trabalho. A desativação da plataforma de Elon Musk gerou um impacto direto nas vagas de emprego, afetando especialmente profissionais especializados em redes sociais e marketing digital. 

Embora o número exato de demissões no Brasil não tenha sido amplamente divulgado, o fechamento do X afetou diretamente postos de trabalho, principalmente em áreas ligadas à gestão de redes sociais, criação de conteúdo e atendimento ao cliente online. Profissionais com experiência específica no Twitter, como gerentes de comunidade, analistas de dados e publicitários digitais, foram diretamente impactados.

Grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro, que concentram a maioria das agências de marketing digital e empresas de tecnologia, foram os mais afetados. Empresas que dependiam fortemente do Twitter como ferramenta de marketing e canal de atendimento ao cliente também sentiram o impacto, aumentando o risco de demissões e a realocação de profissionais para outras redes sociais emergentes, como Bluesky e Threads.

O fechamento do Twitter no Brasil é um lembrete do quanto as empresas e profissionais que dependem de plataformas digitais podem ser vulneráveis a mudanças drásticas. Apesar disso, o mercado digital tem mostrado resiliência, com novas oportunidades surgindo em outras plataformas. Ajustar-se rapidamente a essas mudanças é essencial para evitar maiores prejuízos no mercado de trabalho. 

Este cenário reforça a importância de estar sempre preparado para a transformação digital e a diversificação de competências para se adaptar ao cenário em constante mudança.

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ESG & Responsabilidade

Projeto “FAZENDO ARTE – INCLUSÃO PARA TODOS”

2º Relatório de execução do projeto “FAZENDO ARTE – INCLUSÃO PARA TODOS” do Instituto Olga Kos patrocinado pela EDC.
Período de execução: março/2024 à março/2025

 

O PROJETO
O projeto "FAZENDO ARTE – INCLUSÃO PARA TODOS", é um projeto de oficinas de artes plásticas, gravuras e técnicas de estamparia que visa ampliar o exercício dos direitos culturais de crianças e adolescentes com e sem deficiência, em vulnerabilidade social, e promover o acesso às referências culturais próprias da cultura nacional.

 

FICHA TÉCNICA DO PROJETO
Faixa Etária: A partir de 7 a 17 anos
Local de execução:
·  CEU Navegantes – Subprefeitura da Capela do Socorro
· Associação Beneficente Juntos Pelo Capão – Subprefeitura de Campo Limpo
Número de Participantes: 60 Participantes 
Ao final do projeto será realizado uma exposição de arte com obras produzidas pelos beneficiários durante as oficinas do projeto.

 

LINHA DO TEMPO
1 Contratação de uma equipe multidisciplinar
2 Articulação com pais e responsáveis pelos participantes para explicar e detalhar o projeto
3 Divulgação para a captação de participantes 
4 Pré-Inscrição - Preenchimento de formulário de pré-Inscrição
5 Realização das Oficinas e Atividades práticas - Estamos aqui!!!
6 Curadoria e organização pré exposição
7 Exposição de arte
8 Prestação de Contas

 

TURMAS
· EMEF Frei Damião
· CEU Navegantes
· EMEF Theodomiro Monteiro do Amaral

 

ENTREGA DE MATERIAIS
Entrega de materiais e uniformes para os participantes.

 

OFICINAS
O projeto tem como objetivo auxiliar as crianças a reconhecerem sua identidade e pensarem sobre pertencimento e territorialidade, por isso, as muitas atividades envolvem técnicas usando o corpo.

 

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Grupo I, II, III e IV

 

Confira aqui o 2º Relatório completo, do Projeto “FAZENDO ARTE – INCLUSÃO PARA TODOS”

 

Contato
11- 3081 9300
adson@institutoolgakos.org.br
alex@institutoolgakos.org.br

 

 

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