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Mais da metade dos brasileiros consideram seus chefes difíceis ou tóxicos
A EDC Group foi fonte para a sessão Carreira do jornal Valor Econômico.
Entitulada como "Mais da metade dos brasileiros consideram seus chefes difíceis ou tóxicos" a matéria falou com Daniel Machado para discorrer sobre uma pesquisa recente.
Confira o conteúdo completo aqui.
Como lidar com uma transição de carreira não planejada?
Em 2022, uma pesquisa da consultoria de RH EDC Group identificou que 91% dos participantes mudaram seu propósito de vida na pandemia. Já um estudo da plataforma Online Currículo, realizado em 2023, apontou que 82% dos respondentes com idades de 16 a 24 anos e com mais de 40 anos pensam em mudar a trajetória profissional.
Apesar dessa mudança ser um desejo comum entre homens e mulheres, mudar de área nem sempre acontece de forma planejada. Mas como identificar se é a hora certa? E depois, o que fazer para fortalecer o novo rumo profissional?
Amanda Medeiros, fundadora e diretora de Pessoas e Cultura na Facility, mudou de área pela soma de fatores: acaso, necessidade e incentivo. Formada em Direito e com experiência em contratos, morou fora do Brasil trabalhando em diferentes projetos até esgotar seus recursos, voltou ao Brasil e, hoje, é gestora de centenas de colaboradores na empresa que ajudou a fundar. Mas o caminho entre uma ponta e outra não foi fácil, e ela precisou enfrentar a insegurança e a timidez.
“Sempre pensei em trabalhar em um lugar bonito, com alta energia e com resultados dos quais me orgulharia. Olhava para as mulheres que trabalhavam em bancos, e a minha avó Adélia, que me inspirava, e dizia: ‘um dia será você, com essas roupas elegantes, maquiada e fazendo a sua história!’. A vida seguiu seu curso, até que hoje me dei conta de que estou no ramo financeiro e me visto como elas. Tudo é possível, mas o movimento é necessário”, comenta.
No caso dela, o movimento não foi planejado e aconteceu aos 32 anos, quando decidiu testar outras possibilidades, mesmo já tendo carreira no Direito. De volta ao Brasil, Amanda trabalhou em uma promotora de crédito digitando os contratos, fazendo a mediação entre o consumidor e os bancos. Na época, seu namorado, hoje marido Wagner Coelho, trabalhava na mesma empresa como vendedor, e começou a se destacar por seus resultados. Foi aí que decidiram empreender e fundaram a Facility.
Com o crescimento da empresa, veio uma necessidade: parar de digitar contratos para gerir o núcleo operacional, sendo responsável por contratar, treinar, instruir e liderar. “Quem é empreendedor e começa a profissionalizar a empresa sabe que a gestão de pessoas é um dos principais fatores que impactam nos resultados. Criar uma cultura organizacional forte, promover o engajamento dos colaboradores e maximizar a produtividade da equipe é fundamental”, comenta.
Apesar de gostar de trabalhar com pessoas, Amanda achou a transição desafiadora pois não se sentia pronta para assumir essa responsabilidade tão distante da área do Direito. “Eu tinha dúvidas se eu teria capacidade e também era tímida pra falar em público. Hoje estou em pleno desenvolvimento, mas já consigo ter uma postura diferente e me sinto uma comunicadora em evolução”, conta a profissional que inclusive é host no podcast “Elas Fazem”.
Amanda também se inspira na executiva Karla Marques Felmanas, que deixou a formação em Moda para assumir o Grupo Cimed, mas lembra que não adianta só aceitar desafios e deixar acontecer. Por isso, a profissional continua se especializando na área, fazendo cursos e implementando novas iniciativas para os funcionários.
Entre os projetos que desenvolveu estão o refeitório com chef de cozinha e nutricionista, o incentivo para cuidar da saúde física e mental, além do investimento em cursos, capacitações e mentorias. “Lá no começo foi bem desafiador ver que alguém precisava assumir essa liderança de pessoas, mas recebi muito apoio e incentivo, e esse ‘empurrão’ me trouxe segurança para fazer o que precisava ser feito”, finaliza.
Você acha seu chefe tóxico? Mais da metade do Brasil também, diz pesquisa
Um ambiente de trabalho saudável é o mínimo que se espera de qualquer companhia. Colaboradores precisam de espaço, paz e um local frutífero para desempenharem suas funções. No entanto, mais da metade dos brasileiros não vive essa realidade, porque acreditam conviver com um chefe tóxico.
Quem salienta esta informação é uma pesquisa feita pela EDC Group, uma multinacional focada em consultoria e outsourcing de Recursos Humanos. Foram entrevistadas 278 pessoas de cidades de todo o país. Conforme mostrou o levantamento, 57% das pessoas pontuaram ter um relacionamento muito conturbado com seus superiores – e 45% acreditam serem perseguidos dentro das empresas.
Desse total, 37% acreditam que a relação é “difícil”; 20% deles acreditam que o chefe é tóxico; e só 19% dizem ter um bom relacionamento com os superiores.
O que deixa um chefe tóxico?
Os entrevistados também pontuaram quais atitudes dos seus chefes faz deles tóxicos e difíceis de lidar. Dentre as respostas, sublinharam falta de apoio, dificuldades de gestão, nenhuma abertura para falar sobre problemas de performance, falta de feedback e, claro, cobrança em excesso.
Esta última atitude, inclusive, é que mais apareceu nas entrevistas. 56% das pessoas ouvidas falaram sobre isso, principalmente aquelas com idade entre 25 e 44 anos que estão em posições hierárquicas de assistente ou analista. A pesquisa também mostrou que 28% dos chefes não estão dispostos a ouvir sugestões.
Além disso, pontuou-se que o comportamento tóxico dos chefes tem um impacto direto na saúde mental dos colaboradores. Em contrapartida, quando um superior é fácil de lidar, as pessoas tendem a ficar ali – independente de outros possíveis problemas no ambiente de trabalho.
De acordo com Daniel Campos Neto, CEO e fundador da EDC Group, em entrevista ao Valor Econômico:
“Um gestor mal preparado pode gerar inúmeros prejuízos de produtividade, retenção e crescimento para a empresa. Porém, não podemos deixar de ressaltar os custos imensuráveis causados na saúde mental das equipes lideradas por esses chefes altamente despreparados”.
O que fazer para melhorar o ambiente de trabalho?
De acordo com Daniel, a maioria dos conflitos começa na falta de clareza nas atribuições de cada um. Então, este é o primeiro ponto a ser arrumado. Depois, ele sugere que as empresas mantenham um canal de escuta formal com os funcionários. Todavia, não deve haver qualquer tipo de exposição ou constrangimento com a vítima.
Pesquisa revela relação difícil ou tóxica de 57% dos brasileiros com lideranças
Uma recente pesquisa da EDC Group, especializada em consultoria e outsourcing de RH, revelou que mais de 57% dos trabalhadores brasileiros têm uma relação difícil ou tóxica com seus gestores. O estudo, que visa avaliar o impacto da liderança na satisfação e saúde mental dos colaboradores, também aponta que 45% se sentem perseguidos por seus chefes.
O levantamento destaca que cobranças excessivas e falta de suporte gerencial são problemas comuns enfrentados pelos trabalhadores. Além disso, 56% dos entrevistados consideram seus gestores controladores, enquanto 63,80% relatam dificuldades no relacionamento com a liderança.
Daniel Campos Neto, CEO e fundador da EDC Group, enfatiza a importância da pesquisa ao destacar o papel fundamental da liderança tanto na cultura organizacional das empresas quanto na vida dos indivíduos. Ele aponta que gestores mal preparados podem causar prejuízos significativos à produtividade e ao crescimento empresarial, além de impactar negativamente a saúde mental das equipes.
A pesquisa também revela que 37% dos trabalhadores classificam a relação com seus chefes como difícil, enquanto 20% a consideram tóxica. Por outro lado, 19% relatam um bom relacionamento com seus líderes. Campos Neto observa que muitos gestores estão em um estágio de transição para comportamentos tóxicos, indicando a necessidade de mudanças e desenvolvimento de habilidades de liderança.
Outro dado relevante é que 36% dos funcionários optaram por permanecer em seus empregos devido a uma boa gestão, enquanto 64,16% planejam trocar de emprego nos próximos 12 meses, citando progressão de carreira, salários insatisfatórios e ambientes de trabalho tóxicos como principais motivos.
A pesquisa ressalta a necessidade de os gestores estarem abertos a críticas e feedbacks para melhorar o ambiente de trabalho. No entanto, 28% dos chefes raramente aceitam sugestões, em contraste com 20% que são receptivos a elas. Campos Neto conclui que ainda há um longo caminho a percorrer na evolução da liderança, destacando a importância de selecionar cuidadosamente os líderes e fornecer treinamento adequado para identificar e corrigir comportamentos prejudiciais.
Pensando em conseguir um emprego em 2024? Confira 7 dicas para aproveitar o melhor período para recolocação profissional
À medida que nos aproximamos do início de um novo ano, muitos profissionais encontram-se imersos na busca por novas oportunidades de emprego e desafios profissionais. É fato que a jornada da recolocação pode ser desafiadora, entretanto, existem práticas e estratégias que podem auxiliar nesse processo.
Antes de partirmos para as dicas, é importante entender o motivo pelo qual o final e começo de ano são excelentes momentos para buscar novas vagas. No Brasil, o ano fiscal segue o ano-calendário, ou seja, o exercício começa obrigatoriamente em 1º de janeiro e se encerra em 31 de dezembro. Com a finalização desse período, as empresas começam o planejamento orçamentário para o próximo ano, incluindo novas contratações, projetos e promoções, por exemplo.
Além disso, o primeiro trimestre do ano é o período com maior taxa de abertura de vagas e contratações no mercado de trabalho e, tende a ser a melhor época do ano para conseguir um novo emprego. Diante desse período propício para alçar novos voos profissionais, enquanto especialista em recrutamento e seleção, separei algumas orientações práticas e estratégias eficazes que podem te auxiliar nesse processo.
1. Atualize seu currículo e perfis online
O primeiro passo para se destacar é garantir que seu currículo esteja atualizado e otimizado para os sistemas de rastreamento de candidatos. Insira no seu currículo e nas descrições do LinkedIn palavras-chave relacionadas a área profissional de interesse. Isso auxilia no ranqueamento e sugestão do seu perfil nos mecanismos de busca utilizados pelos recrutadores. Além disso, mantenha seus perfis em redes profissionais online, como o LinkedIn, atualizados com suas experiências mais recentes, habilidades e recomendações. Afinal, não adianta ter o seu perfil desatualizado sendo recomendado.
2. Aproveite as redes de contatos
O networking é uma ferramenta poderosa na busca por oportunidades de emprego. Participe de eventos da indústria, conferências e workshops para expandir sua rede de contatos. Não subestime o poder de conexões pessoais – muitas vagas são preenchidas por meio de recomendações.
3. Invista em desenvolvimento profissional
Aprimorar suas habilidades e conhecimentos é crucial. Considere participar de cursos, workshops ou certificações relevantes para sua área de atuação. Essa abordagem não apenas aprimora suas competências, mas também demonstra seu comprometimento com o crescimento profissional.
4. Seja proativo na pesquisa por vagas
Em dezembro e janeiro, observamos um aumento significativo na abertura de novas vagas. Muitas empresas iniciam o ano com orçamentos renovados e planos estratégicos, resultando em oportunidades para novas contratações. Esteja atento a sites de empregos, na aba de carreiras e redes sociais das empresas de interesse.
5. Destaque suas conquistas e resultados
Ao se candidatar a uma vaga, certifique-se de destacar suas conquistas e resultados anteriores. Empregadores buscam profissionais que possam agregar valor à organização, e demonstrar suas realizações passadas é uma maneira eficaz de se destacar.
Para os que ainda estão iniciando uma carreira profissional e não contam com muitas experiências no currículo, lembre-se que hobbies e interesses também podem ser diferenciais expressivos para um primeiro emprego. Trabalho voluntário, talentos musicais, participação em grupos de afinidade como os de leitura, práticas esportivas e diversos outros traços ligados à sua personalidade podem tornar o seu perfil mais interessante para o recrutador.
6. Mantenha uma atitude positiva
A busca por emprego pode ser desafiadora, mas manter uma atitude positiva é fundamental. Esteja preparado para enfrentar rejeições e, sobretudo, aprenda com cada experiência. A resiliência é uma qualidade valorizada pelos empregadores.
7. Continue se aprimorando
Continuar investindo em aprimoramento profissional é considerando um dos principais diferenciais para os recrutadores. Ao contrário do que muitos acreditam, cursos rápidos e gratuitos sobre temas específicos podem trazer ainda mais corpo para um currículo e, além disso, demonstram um alto grau de interesse e engajamento do candidato pela área profissional desejada. Outra dica, é investir em treinamentos gratuitos sobre soft skills. Para além das habilidades técnicas, as habilidades relacionais também são muito valorizadas no período de seleção.
Com um maior número de vagas no mercado para a maioria das áreas, estar preparado para aproveitar esse período sazonal é crucial. Embora o processo de recolocação e migração de emprego sejam desafiadores, com organização e disciplina é possível construir um perfil interessante para os recrutadores e garantir a tão desejada vaga. Boa sorte nessa jornada!
Nova pesquisa EDC Group: mais de 57% dos brasileiros relatam ter uma relação difícil ou tóxica com sua liderança
Mensurar a forma como as pessoas se relacionam com o trabalho é crucial para entendermos quais são as melhores estratégias de captação, retenção e gestão de pessoas nesses ambientes. Na EDC Group, estudar esses comportamentos sociais relacionados ao ambiente empresarial já virou rotina, há dois anos desenvolvemos pesquisas que captam dados e abastecem o mercado com recortes sobre as principais problemáticas, desafios e acertos do setor de Recursos Humanos.
Nossa última pesquisa, desenvolvida no último trimestre e publicada com exclusividade pelo Valor Econômico, teve como principal objetivo mensurar o impacto de uma boa, ou ruim liderança tem na satisfação, saúde e desempenho dos colaboradores. Entre os dados que chamam a atenção, está o percentual de brasileiros que relatam ter uma relação difícil ou tóxica com seus gestores, 57% dos respondentes dizem estar nessa situação.
Tornar essas relações saudáveis é imprescindível para garantir a qualidade de vida, já que a influência que os líderes exercem no dia a dia dos trabalhadores transcende até mesmo a linha entre o trabalho e a vida pessoal. O estudo realizado pela The Workforce Institute revela que as atitudes das lideranças das companhias exercem impacto direto na saúde mental de 69% dos colaboradores. Ainda de acordo com o levantamento, o percentual de influência no bem-estar dos funcionários é o mesmo para parceiros e outras pessoas de convívio contínuo.
Essa força que os altos cargos exercem diante de seus subordinados, de acordo com a amostragem que desenvolvemos na EDC Group, é ainda mais preocupante para pessoas entre 25 e 44 anos e em posições hierárquicas de assistente ou analista. Entre os principais problemas relatados pelos respondestes, está o excesso de controle.
Mais de 56% afirmam que seus chefes são controladores sempre ou frequentemente. Outros dados que expiram atenção, é que 63,80% dizem ter dificuldades de relacionamento com a liderança e outros 45,88% relatam se sentir perseguidos por seus gestores.
Nosso principal objetivo com a pesquisa, é endossar o protagonismo que o papel de liderança exerce não somente para a cultura organizacional das empresas, mas, sobretudo, na vida dos indivíduos. Um gestor mal preparado pode gerar inúmeros prejuízos de produtividade, retenção e crescimento para a empresa. Porém, não podemos deixar de ressaltar os custos imensuráveis causados na saúde mental das equipes lideradas por esses chefes altamente despreparados.
Um contraponto interessante do levantamento é que desmembrando os dados, grande parte dos respondentes (37%) elenca a relação com a chefia enquanto difícil. Já o segundo maior número fica por conta das experiências tóxicas, 20% dos trabalhadores classificam seus gestores dessa forma. Em paralelo a isso, outros 19% dizem ter um relacionamento bom com seus líderes. A balança que tende a tornar a experiência dos brasileiros ruim no trabalho pende para o lado dos chefes difíceis.
Esse é um dado que chama muita atenção. Afinal, temos a maioria dos trabalhadores lidando com gestores que não chegam a ser tóxicos, mas que também não podem ser considerados bons, justamente pela dificuldade de lidar com esses profissionais. Devemos enxergar esse perfil de liderança enquanto um comportamento de transição para o tóxico que pode e deve ser revertido. Ao contrário dos chefes que já são considerados tóxicos, esses indivíduos ainda possuem uma margem maior de potencial de mudança.
No que diz respeito ao poder que uma liderança humanizada e assertiva, os dados demonstram que um bom relacionamento com o gestor é capaz de inclusive fazer com que os funcionários decidam continuar em uma empresa considerando principalmente esse fator. Mais de 36% dos respondentes decidiram continuar em um trabalho exclusivamente pela boa gestão de um líder.
Entretanto, essa não é a realidade da maioria, já que 64,16% das pessoas pretendem trocar de emprego nos próximos 12 meses. Os principais propulsores da insatisfação são, em ordem, a necessidade de progressão de carreira, insatisfação com o salário atual, ambiente de trabalho tóxico e insatisfação com o chefe.
Para mudar esse cenário é necessário que os gestores estejam abertos a críticas e feedbacks, dessa forma, é possível ajustar os comportamentos que endossam esse cenário. Entretanto, de acordo com os trabalhadores, mais de 28% dos chefes nunca estão dispostos a ouvir sugestões, diferença percentual considerável se comparado com os que são receptivos nesse aspecto (20%).
Os traços apontados enquanto difíceis ou tóxicos pelos colaboradores demonstram que essa é uma realidade que se retroalimenta. Como discutir mudanças com pessoas que não estão abertos ao diálogo? Por isso, é importante que a alta liderança seja selecionada e treinada cuidadosamente, a fim de garantir que esses profissionais sejam capazes de identificar esses comportamentos de risco e reportá-los em forma de feedback e treinamentos para esses gerentes. Ninguém é obrigado a nascer líder e já ter todas as habilidades para o cargo, bons líderes são ser treinados constantemente.
Evoluímos muito na forma como os líderes enxergam essa posição, mas nossa pesquisa demonstra que ainda temos um árduo caminho pela frente. Na EDC Group investimentos e acreditamos na força e impacto que o trabalho exerce na vida das pessoas, cabe a nós garantirmos que essas trocas sejam saudáveis e produtivas para líderes e colaboradores.